No
último encontro da Confraria tivemos a oportunidade de refletir e discutir
acerca de um tema bastante controverso: Liberdade. Iniciou-se com a definição extraída do
dicionário: Direito de expressar e agir
como quiser; independência.
A partir daí, várias questões e
autores foram citados. A Liberdade apontada por Fernando Pessoa, quando esse
destaca que se é impossível viver só, nascemos escravos. Passando por Machado
de Assis, Paul Valéry, Che Guevara e tantos outros que dentro das suas
concepções abordam a Liberdade.
Foram
destacados vários paradigmas evidenciando que na realidade, levando em
conta o significado literal do tema em questão, não somos livres. Por alguns
momentos no nosso cotidiano temos a sensação de liberdade. Isso pode acontecer
no contato com a natureza, fazendo algo prazeroso, meditando...
A educação
que recebemos, nossas ligações genéticas, a mídia, o sistema em que vivemos
cria amarras, não possibilitando a liberdade. Historicamente o ser humano nunca
foi liberto.
Massimo
Botempell cita que a verdadeira liberdade é um ato puramente interior, como a
verdadeira solidão... Nesse viés, devemos aprender a sentir-nos livres.
Sentimentos,
emoções. O ser humano tem necessidade de conceitos. Somos frutos de uma
história, de um mundo que para muitos, mesmo com os avanços tecnológicos
continua a multiplicar situações semelhantes à de centenas de anos atrás. Afinal, somos livres? Usar uma velha calça velha desbotada é sinônimo de liberdade?
Definições a
parte, somos o que somos. Na busca de
certezas, no abismo que nos separa do ideal de cada um, no sorriso maroto de
quem espia o/ a vizinho(a) nu (a) pela janela, no assalto noturno à geladeira,
no troco que não é entregue, no suborno, do tirar vantagens e toda sorte de
“pecadinhos” que são vividos por todos. Liberdade ´não existe na mentira, no
vicio, no esconderijo das almas, que temem em arder um dia no fogo...
Liberdade
existe afinal? Talvez por alguns instantes. Talvez o suficiente para retomar a
jornada. Talvez insuficiente para viver mais plenamente. Talvez impossível na
sua plenitude. A liberdade termina quando....
Clara Angela Mussoi
Bom demais ter participado.
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